segunda-feira, 23 de abril de 2012
Palavras, silêncio, luz
Venho tranqueando pelos dias. Uns à trote, outros à galope. Tenho visto bastante. Do mundo próximo, que nos circunda. E do mundo longe, distante, mas que nos envolve num círculo maior que é a circunferência do globo terrestre, o Planeta, nosso lugar no Sistema Solar, na Galáxia, e no Universo.
Tem acontecido tanto nestes últimos dias. O mundo passa por transformações econômicas profundas. Sociais e políticas também, mas estas custam mais a serem percebidas. Há muito imediatismo ainda. Cultural, profissional e existencial. Estamos necessitando de pausas e silêncios. Tenho buscado isto, e assim tentar adentrar no compasso do Universo. Ao menos sentir a consciência nesta busca. A paz, a felicidade, ou uma simples, mas vital sensação de relaxamento e alívio consistirá nos próximos tempos em aprender a conviver com menos; para poder aprender e aproveitar mais. Das sensações, dos sabores, dos amores, das amizades, do crescimento das crianças, das mudanças em nossa volta e no mundo. Parar e silenciar para poder refletir nossa essência. Escutar a voz interior, lá da fonte inicial! Para retomar a compreensão do que somos, da onde viemos, o que gostamos, o que queremos, o que seremos e para onde vamos. Neste exercício, tentei retomar o simples. Silenciei, procurando menos. Encontrei o túnel do meu nascimento, ou do instante, do espaço ou dimensão que me trouxe à vida neste Planeta. Enxerguei os quatro anjos que me aguardavam aqui, minha família, e os demais que iriam parceriar minha caminhada; meus amigos. Nesta retomada da luz primeira, além do som do tempo e da natureza, se é que posso materializá-lo numa forma mais palpável. Tem a vibração, a mensagem, o canto e a voz do nosso mestre Jayme Caetano Braun. O payador das Missões, o cantor das três bandeiras, o mensageiro da nação pampeana, trazendo o canto puro da terra à grande nação mundial.
Este gaúcho, exemplificou, demonstrou, cantou nas suas poesias, verdadeiros compêndios e ensinamentos à paz do mundo, a busca do indivíduo através da sua mente e essência, para recompor a sua trajetória. São impressos muitos livros de importantes autores e pensadores sobre a nova ordem mundial. Eventos, fóruns e simpósios são realizados. Gravações, imagens, filmagens e energia são gastos para dizer o que o "paysano" da Timbaúva dizia nos versos, sem gerar qualquer tipo de dispêndio para a terra, para o Planeta.
Quando li os versos: "o silêncio é a luz mais pura, do mundo em que me deparo,
e a luz, é o silêncio claro, na estrada de quem procura..."
Pensei nesta reflexão de Jayme como a profunidade dos profetas, dos visionários, dos mensageiros do tempo e do universo, da ciência e da consciência. Ainda estou tentando entender a mensagem destes versos, espero que os dias me ajudem a decifrá-la. Mas alguém, pode ser Deus, não tenho a prepotência de atribuir seus atos, mas dentro das minhas limitações tentar reconhecer a sua mensagem, talvez algo que tenha no Universo a concepção do amor e da luz, enviado Jayme Caetano Braun para ser o artesão dos caminhos. De religar nosso povo à sua história. De nos ensinar sobre o silêncio, a luz, o vento e a vida. Que o canto dos pássaros nos finais de tarde, é a grande inspiração orquestral para o mais afinado ouvido humano. Que os avós são os luzeiros da nossa memória, os rastros da nossa estrada. Que o campo é o sagrado livro da vida. E que a vida sem o amor feminino, deixa o campo sem flores, a noite sem estrelas, e a vida do "guasca" vazia.
Gracias Don Jayme, por me inspirar meus silêncios a tatear minha luz!
Marcos Almeida Pfeifer
Porto Alegre, 23 de Abril de 2012, Outono, Lua Nova
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