sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Serra do Sudeste

Energia. Luz. Mansidão. Ancestralidade. Tempo fundo. Antigo.
Me conheço mais, aí. Lugar que me conhece e onde me conheço.
Em cada volta, novas rimas "cambeiam" , pra minha alma gestar cultura.
Nos parentes, fogões acesos de lar e querência, certeza de ancestralidade.
No sopro do vento, quando cai a tarde na direção do Camaquã, o tempo acaricia as folhas, perfuma as flores e me fala dos avós.

Serra do Sudeste: região de altitude em meio ao pampa do Rio Grande do Sul, cuja formação geológica é conhecida como escudo cristalino sul-riograndense, de altitude de 400m acima do nivel do mar, de campos com aptidão para a ovinocultura e a produção de uvas viníferas. Lugar de belas paisagens, entrecortada por encostas e cerros, várzeas, e banhada pelo sagrado rio Camaquã. Terra de gente muito boa e das minhas raízes paternas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

De campo e Primavera

Buenas andarilhos, campeiros, e amigos que espiam de quando em vez este espaço. "Cosa buena" é falar pra vocês, enquanto cevo um mate hehehe e sorvo daqueles de "yerba verdosa" y buena. Na simplicidade deste gesto e com o cusco do lado, sentindo a brisa mansa dos primeiros ventos que antecedem a chegada da Primavera. Linda é a transição das estações, e a transição de nós mesmos, quando paramos num entardecer de Setembro e repassamos os caminhos, as atitudes, o que é bom seguir, e o que se deve refugar, sincero, de alma aberta para a mensagem da natureza, do céu, da capacidade de afeto dos animais, dos recuerdos doces daquela castanha de olhar esverdeado que pousa no pensamento, mais insistente agora quando as corticeiras ou ceibo regala a flor colorada, símbolo da flora pampeana.
Que cosa buena amigos e amigas, recostar a cambona do sentimento e aquecê-la nos fogões da autenticidade dos ensinamentos da terra (Terra).
Este é daqueles momentos que encontramos Deus, e conversamos com ele, ou com a criação enfim, quando humildemente e de maneira serena nos "abancamos" num cepo pra matear ao som do vento. Este amigo que nos traz tênues cantos crioulos, aromados de pitangas e araçás que toma emprestado da selva ao afinar sua guitarra estradeira nas árvores nativas do nosso pago. Sirvo e passo este mate a vocês!

Aproveito e recomendo o blog do amigo Maurício www.identidadecampeira.blogspot.com
Obrigado a todos que compartilham destes momentos nativos e se fazem membros do blog, o que muito me motiva.
Recomendo também o site do Lisandro Amaral, cantor das coisas charruas e genuínas da nossa cultura, poeta antes de tudo, que está com o Canto Ancestral disponível para que quiser adquirir esta nova obra deste frontero de alma buena. O link é www.lisandroamaral.com.br
E neste Sábado, o Motivos de Campo pela Radio da Universidade 1080 AM ou www.ufrgs.br/radio a partir das 9h.
Grande abraço e muita paz!

Ah um videozito de musica campera porqué no!
Desta feita, no meu sentir uma das mais belas composições da nossa cultura. Acho que até a música inédita mais linda composta no Brasil nos últimos dois anos. Do Gujo Teixeira, José D. Teixeira e Juliano Moreno, com a interpretação da indiada mais que buenas de Lages, o Quarteto Coração de Potro com Adriano Alves lá de Dom Pedrito no recitado. E os créditos para Quel Kramer quem registrou este momento.