quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lembrando do Payador, da Pampa e da Guitarra

No dia 8 de Julho, completaram-se 11 anos do falecimento de Jayme Caetano Braun. Poeta e payador de característica inigualável, que deixou uma obra iluminada de telurismo, autenticidade, raízes e cosmovisão, ou seja, um canto genuinamente gaúcho com dimensão universal. Jayme, através de seus versos e payadas, iluminou o horizonte do povo gaúcho, e o principal, das novas gerações, dos jovens que buscam nas poesias do payador, a consciência e o lirismo que se encontra escasso no mundo de hoje.
Vejo Jayme Caetano Braun como um guia da cultura gaúcha ou até mesmo de quem busque valores humanos, do amor à vida, à natureza, percebendo este planeta como uma grande pátria de irmãos, comungando a fraternidade e amizade junto ao grande ventre da Terra.
Compôs com Noel Guarany, o canto principal da sonoridade crioula da música e da poesia do Rio Grande do Sul. Juntos, trascenderam fronteiras, reunindo num mesmo disco, temas do folclore uruguaio e argentino, além de suas próprias autorias, e a musicalidade de Los Caminantes; o violonista Bartolomeu Palermo e o acordeonista Raul Barboza, argentinos, que embuídos da mesma essência nativa de Jayme e Noel, participaram da gravação do trabalho fonográfico, que foi o divisor de águas da cultura nativa pampeana, o LP "Payador, Pampa y Guitarra".

Ao escutar o clássico "Payador, Pampa y Guitarra", me descortina um céu azulado, temperatura gelada - coincidentemente estamos atravessado um "friozito" desses - a calmaria histórica do calçamento das ruas, o arvoredo da praça dando compasso ao vento, os ensinamentos e os conselhos de Eron Vaz Mattos e Hipólito Morais, que meu amigo Augusto, filho do Hipólito, e eu ouvíamos desses mestres, num matear atento e curioso da nossa adolescência. E levando a vista "más adelante", o horizonte pampeano que contorna a cidade de Bagé.
Passaram-se 15 anos, transformações profundas ocorreram em nosso sistema de vida, entramos na era da instantaneidade: do consumo, das comunicações, das relações humanas, nos distanciando da essência da vida.
Porém, existe algo, que trago lá de 1995, nos momentos de telurismo, amizade e consciência com os amigos de Bagé, e dos tantos que encontrei tempo a fora, um canto, um mantra pode-se assim dizer, que estanca o imediatismo inventado pelo homem e me reporta à autêntica e legítima consciência do Ser; quando escuto os acordes e os versos eternos de Jayme Caetano e Noel Guarany, quando escuto "Payador, Pampa e Guitarra".

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Marco Aurélio Vasconcellos na Casa de Cultura

Amigos, buenas tardes! Ainda que encima da hora, mas acho que ainda dá tempo de vocês se programarem, ou no improviso mesmo ehehhe, comparecerem e assistirem à este grande espetáculo. O cantor e compositor Marco Aurélio Vasconcellos, uma das principais vozes do nativismo, cuja sensibilidade e autenticidade, juntamente com o grupo Os Posteiros, marcaram a história da música gaúcha na melhor fase da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana.
Um abração e em seguida vamos trazer mais informações aqui.