Escrevo estas linhas aqui na Capital, enquanto a chuva constante e mansa deixa a benção natural lá fora. Que as correntes de vento e os movimentos do clima não esqueçam da região da Campanha do Rio Grande do Sul, e acalmem o tempo pelo Sudeste brasileiro.
Porém, muita coisa linda nesta transição de ano, através da companhia dos amigos e familiares nos mates¹, num assado², ou numa guitarreada³ e a nossa alma iluminada nestes momentos. Dos encontros com o Guaíba entre a Tristeza e Assunção, e o murmúrio de suas águas que me trazem a melodia mais ao Sul ainda, da Costa Doce da Lagoa dos Patos.
E dentre essas "cosas buenas" que vivenciamos, quero compartilhar o momento telúrico desta composição chamada "Um Quarto de Ronda ao Campo", de autoria de Miguel Cimirro(In memorian), Matheus Neves da Fontoura e Juliano Moreno, e participou da 4ª Edição da Manoca da Canto Gaúcho, na cidade de Santa Cruz do Sul. Um tema dos mais puros que tenho escutado nestes meus 30 anos de vida. Uma melodia que faz bem e adoça a alma, e uma poesia que eleva o espírito, trazendo consciência e plenitude para seguirmos adiante. A letra remete às toadas e tropas, estilo que os tropeiros cantavam para entreter o tempo nesta lida, e questiona nos dias de hoje, onde está essa autenticidade de alma, de canção e lida campeira. Certamente, ela se reencontra na alma dos seus autores, no cantar incontestável do Juliano Moreno, e no sentimento dos amigos e leitores que passam por este espaço. Um forte abraço!
1. Mates - plural de mate, o chimarrão, bebida de origem indígena, consumida pela nação Quíchua do Alto Peru e Argentina e que se ambientou entre os índios guaranis. Se consome quente.
2. Assado - maneira que se denomina o churrasco de carne bovina ou ovina na região da fronteira do Rio Grande do Sul com Uruguai e Argentina.
3. Guitarreadas - reunião de amigos que cantam canções da Pampa, entre milongas, chamarras, chamamés, zambas e toadas e se acompanham com a guitarra(violão), durante uma roda de mate ou no preparo de um assado.
Guaíba - rio ou lago que banha o município de Porto Alegre e faz a ligação do rio Jacuí com a Lagoa dos Patos
Tristeza e Assunção - bairros localizados na Zona Sul de Porto Alegre, com rara beleza natural, se estendendo até a beira do Guaíba, num ecossistema que caracteriza a Costa Doce do Rio Grande do Sul.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Solidariedade e respeito à Terra
Buenas amigos. Recomeçando a lida aqui em nosso espaço terrunho, depois de dias sem postar nada, reavivo o braseiro e começo a cevar o primeiro mate de 2011.
Ano que chega convocando gaúchos e brasileiros para a ação e reflexão de solidariedade. O clima neste início de ano, tem posto à prova brasileiros de quase todas as regiões. Da seca no Sul do Rio Grande à enxurrada no Sudeste do país, vemos os extremos da escassêz d´àgua para a população e também para a produção de alimentos, afetando campo e cidade, enquanto que no Centro, nossos irmãos sofrem com o excesso de chuvas, que resultou talvez na pior catástrofe climática da história recente do Brasil. As imagens de desolação, principalmente com as perdas humanas no Rio de Janeiro, a mídia mostra incessantemente. Cabe a nós agirmos da maneira que for possível neste momento, e para isso existem os pontos de recolhimento de mantimentos, como água, alimentos não perecíveis e roupas que podem ser encaminhados para a Defesa Civil do RS, no Armazén 7 do Cais do Porto, na Avenida Mauá em Porto Alegre.
Fica aqui a reflexão sobre o exercício de solidariedade que 2011 vem nos trazer e uma reflexão mais profunda quanto ao clima: sabemos que o Verão na região do Pampa tem a característica de ser mais seco em alguns anos e que as chuvas torrenciais atingem regularmente o mês de Janeiro no centro do país. Mas a intensidade com que isto acontece preocupa, e serve de alerta para as pessoas repensarem sua relação e atitude com o meio ambiente, e o poder público reformular de maneira sustentável a ocupação urbana no Brasil.
Ano que chega convocando gaúchos e brasileiros para a ação e reflexão de solidariedade. O clima neste início de ano, tem posto à prova brasileiros de quase todas as regiões. Da seca no Sul do Rio Grande à enxurrada no Sudeste do país, vemos os extremos da escassêz d´àgua para a população e também para a produção de alimentos, afetando campo e cidade, enquanto que no Centro, nossos irmãos sofrem com o excesso de chuvas, que resultou talvez na pior catástrofe climática da história recente do Brasil. As imagens de desolação, principalmente com as perdas humanas no Rio de Janeiro, a mídia mostra incessantemente. Cabe a nós agirmos da maneira que for possível neste momento, e para isso existem os pontos de recolhimento de mantimentos, como água, alimentos não perecíveis e roupas que podem ser encaminhados para a Defesa Civil do RS, no Armazén 7 do Cais do Porto, na Avenida Mauá em Porto Alegre.
Fica aqui a reflexão sobre o exercício de solidariedade que 2011 vem nos trazer e uma reflexão mais profunda quanto ao clima: sabemos que o Verão na região do Pampa tem a característica de ser mais seco em alguns anos e que as chuvas torrenciais atingem regularmente o mês de Janeiro no centro do país. Mas a intensidade com que isto acontece preocupa, e serve de alerta para as pessoas repensarem sua relação e atitude com o meio ambiente, e o poder público reformular de maneira sustentável a ocupação urbana no Brasil.
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