Amigos, buenos dias. O título assim, na mescla do espanhol e português, pois essa condição de duplo idioma me acompanha desde criança na fronteira, e nos dias de hoje, mesmo residindo em Porto Alegre, o sotaque e a maneira de falar se enraizaram tal qual uma coronilha que nasce entre pedras mouras e campo nativo. Assim, a pampa se aninhou dentro da alma, ou melhor, minh´alma que se "anidó" en la pampa.
Ninho que fiz na copa dos jacarandás da praça nesta manhã, enquanto meu pensamento repontava outras manhãs inverneiras nalgum fundo de campo, pois a sensação de frio polar, com minuano e céu azul, traz à memória o aroma da lenha de mato nativo queimando num brasedo madrugador, enquanto que a fumaça lançada no céu e no espaço, simbolizando o pensamento da gente do galpão, num genuína demonstração de quem cuida querência e sedimenta a pátria, tal como um joão-barreiro faz seu ninho.
Neste Julho gelado que principia, num frio influenciado pelas correntes climáticas austrais, partilho este sentimento de pampa, minunano, fronteira hermanda, porém com muita lenha pra atiçar o fogo e esquentar cambonas para as nossas mateadas Inverno a dentro.
Abaixo un "videozito" do youtube, com Palas Brancos de Fronteira, esta obra-prima do Sérgio Carvalho Pereira e do Lambari, umas das composições que mais genuinamente falam do campo em suas condições climáticas, culturais e ambientais, numa perspectiva de pensamento rara. Um abraço!
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