Amigos, que saudade! Faz tempo que não apareço para "charlarmos" neste espaço crioulo da cultura simples da terra e da alma da gente. As lides de concurso e trabalho na campanha me tomaram desde Agosto. Pois é, chegando fim de Outubro, primavera linda e não escrevi nenhuma linha. Setembro que é um mês de grande relevância do ponto de vista ambiental, histórico e cultural para o povo gaúcho, também não postei um comentário sequer. Porém a cosmovisão mais linda, e talvez importante do mês de Setembro e que prossegue até Dezembro, é a chegada da Primavera no Hemisfério Sul do Planeta. No bioma Pampa, e nas demais regiões do Rio Grande do Sul, Serra, Litoral, Planalto, o Centro do Estado com seus vales, o equinócio da Primavera descortina a paisagem que reflete a nossa alma perante a vida, ou a vida perante a alma da gente. Os aromas que brotam das campinas, das flores das laranjeiras, dos jasmineiros, das roseiras, e o cheiro silvestre que emana da mataria enquanto o vento Sul sopra constante e intenso nesta época de meia-estação.
Tempo de parição da terneirada, da potrada que um dia virá carregar a Querência, como diz numa música de Don Lambari. É tempo da biodiversidade da fauna e flora que compõem o bioma Pampa, mostrar a vida da maneira mais sublime que podemos conhecê-la; expressa nos campos, arroios, sangas, matos, horizontes e céu. As aves que começam a migrar em bando do Hemisfério Norte, habitando as copas das árvores e os banhados desta nossa Campanha.
Que possamos enfim, encilhar um rosilho ajeitado, bem à preceito, e recorrer os caminhos largos e aromados desta Primavera.
Deixo um tema "no más", um video com este canto atávico da terra gaúcha, e profundo da nossa raíz missioneira.
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