quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Na transição do mês

Pois é viventes. Se foi o Outubro e quando percebi, nada havia postado me nosso blog. Bueno, este mês caracterizou-se por uma Primavera com jeito de Outono, com chuvas de volume considerável para o campo nativo, dias de sol suficientes para amadurecer o pasto e as plantas, e com temperaturas amenas, garantindo a retenção de água no solo, ou seja, condições essenciais para o bom andamento da atividade agropastoril, e ainda se desenvolvida de forma sustentável.
Neste intercurso de tempo, além do trabalho, partilha com os amigos e familiares, mudanças de rumos de muitas pessoas queridas, amigos casando, vidas iniciando, crianças crescendo, me tem chegado na companhia dos mates, algumas idéias que achei por transformar em versos simples, de alma nativa e aqui publico alguma coisa. Vamos seguir mateando por aqui...


De Madrugada e Tempo

Madrugada de Primavera,
com cisma ainda de Inverno,
mateio no ritual fraterno,
que há tempo trago comigo,
neste fogonear, lembro os amigos,
na essência de um angico puro cerno.

Às vezes antes da lida,
no momento de calma e luz,
o costume crioulo me conduz,
à versejar campo e frontera,
alma timbrada nas praderas,
que o sol da milonga reluz.

Num bordonear, repasso meu tempo,
notas antigas, guardadas no peito,
lembranças de avós, pelo jeito,
neste cantar feito querência,
assim vou desaguando ausências,
como um rio que corre pro leito.

Marcos Almeida Pfeifer, Outubro 2011, Lua Crescente

Foto: Karen Campani

Nenhum comentário:

Postar um comentário